quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Vinhos de Portugal

A última semana de Junho/2013 teve palco uma disputa interessante. Três eventos apresentaram vinhos de Portugal (Grande Degustação de Vinhos Portugueses e Grande Mostra de Vinhos do Tejo) e vinhos da Argentina (Grand Tasting Argentina 2013).

O primeiro, o Grande Degustação de Vinhos Portugueses, teve a presença de mais de 95 produtores e também promoveu a etapa final do concurso Portugal Wine Expert, conduzida  pelo meu mestre sommelier português José Santanita,  que elegeu o melhor sommelier de vinhos de Portugal dentro do curso sobre vinhos portugueses ministrado pelo próprio Santanita.

Provei excelentes vinhos, mas gostaria de fazer 2 menções:
- A simpática Alison Luiz Gomes, britânica casada com um português proprietária da vinícola Azamor, apresentou pessoalmente seus vinhos no evento. O Azamor Petit Verdot foi o que mais me chamou a atenção, com estilo e elegância franceses.


foto extraída do
site da vinícola




- O docemente sisudo Jorge Pinto Leal, proprietário da Quinta da Pedra Alta, estava lá acompanhando o importador de seus vinhos. Sou fã desses vinhos do Douro, tem estilo bem tradicional. Para quem acha importante, seus vinhos são bastante premiados.





 A 1a. Grande Mostra de Vinhos do Tejo, organizada por CVRTejo e Wine Senses, apresentou 15 produtores da região do Tejo com suas novas safras e novidades ainda não disponíveis no mercado brasileiro. Também teve lugar para a premiação dos vencedores do 1o. concurso de Harmonização com vinhos do Tejo.


quarta-feira, 16 de abril de 2014

Quando excelentes vinhos foram "apenas" coadjuvantes


Foi uma noite com tudo especial,  as pessoas, a conversa, o ambiente, a comida. No fundo os vinhos foram apenas um complemento a todo este cenário. Só para vocês entenderem o quão especial foi, os vinhos que complementaram a noite foram “apenas” o clássico Don Melchor,  o consagrado Quinta do Vale  Meão e o surpreendente (pois não conhecia ainda vinhos brancos desta DOC) Schiopetto Sauvignon Collio.


A conversa passou por muitos temas: as dúvidas filosóficas da  insignificante existência do homem frente à descoberta do bóson de Higgs  e a imensidão cada vez mais conhecida do universo, óbvio a política nacional com indignações de todas as manobras para evitar o julgamento do Mensalão e por fim um tema mais ameno que foi as maravilhas da sétima arte, o cinema.

Obs.:  as outras seis artes são Arquitetura, Escultura, Pintura, Música, Dança, Poesia, segundo o Manifesto das Sete Artes do italiano Ricciotto Canudo.

Começamos com entradas regadas pelo Casa Valduga Arte Elegance, um espumante feito no estilo tradicional com Chardonnay e Pinot Noir que acompanhou muito bem queijos, canapés de  bacalhau desfiado e castanhas.

O serviço do jantar começou com salada de folhas verdes, kani e ricota, seguido por uma polenta mole com funghi, todos acompanhados pelo surpreendente Schiopetto Sauvignon Collio, um branco da região de Fruilli, Veneto , região de excelentes brancos italianos, que apresentou uma acidez bem equilibrada e toques minerais bem pronunciados.

O prato principal foi um filet com queijo brie, couz-couz marroquino com vegetais e batatas fritas. Nem preciso dizer que os vinhos que acompanharam o prato foram algo perto do divino. Primeiro o Quinta do Vale Meão, o vinho do Douro que já conquistou a alcunha de Barca Nova, referência ao ícone português Barca Velha.  Depois o Don Melchor, o primeiro ultra-premium vinho chileno.

O Quinta do Vale Meão é predominantemente de Touriga Nacional, a cepa mais importante hoje de Portugal, com corte de outras cepas tradicionais do Douro como Touriga Franca, Tinta Barroca e Tinta Roriz. Com cor vermelha profunda,  aromas complexos e ótimo volume na boca,  realmente este vinho é um expoente da vinivicultura portuguesa.

O Don Melchor é um dos clássicos chilenos que despontaram já desde o final do século 20. Este exemplar de 2007 mantém esta tradição, bem pontuado pela crítica e representa bem os vinhos do novo mundo com bom corpo, aromas de tabaco, chocolate, compota.

A sobremesa foi um brownie de chocolate com sorvete de creme e calda quente de chocolate. Eu continuei com o Quinta do Vale Meão e Don Melchor. Os vinhos  ficaram um pouco mais amargos mas, como eles tem ótima estrutura, combinaram bem. Na verdade, eu não iria deixar nenhuma gota desses vinhos na garrafa, independente do que viria após o prato principal ;)).

Terminamos a noite em completa harmonização com comida, vinho, assuntos e ambiente.

Conseguiram entender como foi essa noite, na qual esses espetaculares vinhos foram apenas coadjuvantes? 

sábado, 5 de abril de 2014

Primeiro Tour Oficial à Bourgogne

O Comitê Regional de Turismo da Bourgogne, 
junto a École des Vins da Bourgogne, 
o Hotel LE CEP e 
Jean Claude Cara, embaixador dos vinhos da região no Brasil, convidam vocês para o Primeiro Tour Oficial à Bourgogne.










Descobrindo os Terroirs e os Vinhos da Bourgogne de 04 a 12 de outubro de 2014
Primeiro roteiro oficial montado para brasileiros pela École des Vins da Bourgogne e Comitê Regional de Turismo da Bourgogne.


Aprenda tudo sobre os vinhos da Bourgogne neste tour combinado com curso certificado em português na École des Vins da Bourgogne, tanto na teoria como na prática através de várias degustações em sala de aula e em visitas às melhores vinícolas da região, além de almoços e jantares harmonizados. Finalizaremos a viagem com uma aula de Gastronomia Bourguignonne, em um Château especialmente reservado para o evento, em que o prato principal será "cortejado" pelo Grand Cru de Romannée Saint-Vivant do mítico Domaine de la Romannée Conti, safra 2000.

Para as 4 primeiras Suítes reservadas no famoso Hotel LE CEP, que está apoiando o Tour, será concedido um upgrade da Suíte Grand Cru para a Suíte Nectar (a mais luxuosa do hotel).

São somente 16 vagas neste 1º Tour Oficial à Bourgogne e lembre-se: apenas os 4 primeiros a efetuar a reserva terão o upgrade para as Suites Nectar.


quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Paternina Banda Azul Crianza 2006


Com a ampla divulgação sobre o Toro Loco, um vinho de £3.50 que em uma competição superou vinhos renomados, fiquei curioso para encontrar outros rótulos neste mesmo perfil. Antes de experimentá-lo, escrevi este post .  Foi este  parâmetro de custo que usei para encontrar algo na mesma faixa com reconhecimento compatível.

E encontrei!!

Paternina Banda Azul Crianza 2006: um típico crianza de Rioja, produzido de forma tradicional. Cor brilhante de tijolo, já com alguns toques de marrom. O nariz é puro velho mundo, madeira, couro, terra, especiarias e tabaco. Na boca é leve, elegante, taninos macios, corpo médio.


Reconhecimento:
International Wine&Spirit Competition 2010: Prata  (a mesma premiação do Toro Loco)
Stephen Tanzer:  87/100
Decanter World Wine Awards 2010: Bronze
International Wine Challenge 2010: Bronze
Guia Penin: 86/100 (2007)

Eu tomei os dois!! Cada um, no seu estilo, é um ótimo exemplar de um vinho chamado custo x benefício.

O Toro Loco é um vinho que se encaixa na categoria "fácil de beber", leve, equilibrado, redondo e frutado. Faz bem em qualquer ocasião quando o vinho é coadjuvante.

O Banda Azul é um autêntico Rioja, mais complexo, mais evoluído, não tão óbvio. Na boca tem corpo médio, macio e faz bem na maioria das ocasiões para tomar um bom vinho.

Gosto mais dos vinhos que pedem uma conversa mais profunda.


O Toro Loco é distribuído pela Wine.com.br. Banda Azul está à venda na VinhoClic.