Elisa da Azienda Agricola Scriani sem importador. Seu Amarone foi o 3o colocado no Top5 do Encontro de Vinhos OFF |
Acontece que está sobrando vinho por lá, pois o europeu está consumindo menos vinho, vinhos mais caros mas em menor volume. Perguntei a razão e me deram alguns motivos: 1) a crise econômica reduziu o poder de compra; 2) os jovens já não tem o mesmo hábito de beber vinho; e outros fatores menores, como a lei seca que também por lá se intensificou, têm algum impacto nesta caída no consumo.
A holandesa Emilia da Enoteca Nederland trouxe os vinhos da familia Barollo (Veneto). Primeira vez no Brasil, avaliando o mercado. Sem importador |
Mas acho muito pouco, afinal o mercado por aqui está cada vez mais competitivo e influenciado pelo marketing, o brasileiro ainda não está educado o suficiente para escolher o bom vinho e portanto a mídia tem forte influência na escolha.
A Andrea Celasso veio apresentar os vinhos mendocinos da Viamonte. Sem importador |
O mercado está muito competitivo sim, cada vez mais players em um mercado que não cresce. Não tenho acesso às últimas pesquisas de mercado, mas o que se fala pelos corredores é que o mercado brasileiro continua com os 2 litros per capita de consumo (1,5 l de vinho de mesa e 0,5 l de vinho fino). Há alguns anos se escuta esse mesmo número.
Acho que o destaque desse período de feiras ficou com os vinhos brasileiros. Houve um investimento maciço das vinícolas e seus representantes. Vi com muita alegria este movimento, junto com o "3o. Debate O Vinho no Brasil" quando o presidente do Comitê do Vinho da FecomercioSP, Didú Russo, falou sobre as ações do comitê em favor da desoneração e da desburocratização do setor.
A Madame do Vinho Brasileiro |
A Casa Valduga fez um evento exclusivo uma semana antes para apresentar seus vinhos. Um evento de altíssimo nível. Veja meu post sobre este evento: Valduga Gallery Wines
No Encontro de Vinhos OFF, a incansável Madame do Vinho (Brasileiro) Sonia Denicol atendia um sem número de apreciadores dos vinhos brasileiros de pequenos produtores.
Na Expovinis, a área da Vinhos do Brasil era a maior, a mais bem localizada, ampla e aberta. Ao redor desta área estavam a Acavitis (vinhos de Santa Catarina), Aurora, Garibaldi, Pericó, Miolo, Pizzato, Salton.Tenho a certeza que irá crescer a fatia de mercado dos vinhos brasileiros.
Agora, o mercado todo precisa crescer. E para crescer o preço tem que abaixar, em todos os componentes do preço: impostos, custos de logística e margens ao longo da cadeia!!!
Foto da Ibravin by Jane Prado |
Eba, agora eu posso comentar!
ResponderExcluirConcordo com vc, o vinho brasileiro vem surpreendendo tanto em estratégia quanto em qualidade.
Beijo
Oi Evelyn. Consegui fazer funcionar os comentários!!! Obrigado pela dica.
ExcluirAgradeço mais ainda a sua visita.
Também concordo com você de que a qualidade do vinho brasileiro vem crescendo. E o principal é que está criando uma identidade própria.
Bjs
Olá Fabio tudo bem?
ResponderExcluirAcho importante que o pessoal do comércio esteja lutando tanto para abaixar os impostos, afinal a concorrência vai acirrar com os estrangeiros querendo inundar um mercado que eles consideram emergente e com um baita potencial (vc viu a reportegem com o presidente da Veuve Cliquot que esteve recentemente no Brasil? se está o mercado está estável por aqui, menos pior que no exterior, onde vem caindo ano após ano...). Mas fico triste quando recebo uns catálogos e vejo que o preço, mesmo em dolar, aumenta sem parar! Da margem das grandes importadoras ninguém fala, né?
Ótimo post, abraço!
Olá Carlos, é uma honra tê-lo por aqui.
ExcluirO exemplo da Veuve Cliquot veio bem a calhar. Veuve Cliquot é um ícone do vinho e também do mercado de luxo. Assim o vinho é visto no Brasil, como um artigo de luxo! A precificação é feita baseada na percepção do status de um determinado vinho trará ao seu comprador.
Já tive uma experiência de encontrar preços abusivos no Brasil. Comprei um Gran Vin de Bordeaux por US$30 nos EUA e o encontrei em loja virtual aqui no Brasil muito conhecida por R$2.500.
ExcluirHá abusos, mas os empresários deste setor e de outros justificam estas altas margens com os problemas e custos da infra-estrutura no Brasil (transporte, energia, qualificação profissional, etc etc) e riscos com instabilidade institucional (leis que mudam, regras de impostos confusas e complexas, corrupção).
O empresário estrangeiro enxerga oportunidades, mas os já estabelecidos por aqui levam muita vantagem sobre os que querem entrar por já saberem o caminho das pedras, "navegam" muito bem nos meandros das instituições brasileiras.
Olá Fabio, tudo bem?
ResponderExcluirFico feliz que o pessoal do comércio do vinho esteja lutando para a diminuição dos impostos, afinal a concorrência vai ficar acirrada com os estrangeiros querendo inundar um mercado que eles consideram emergente e promissor (se está estável por enquanto, pelo menos não está decrescendo como no exterior... vc viu a entrevista com o presidente da Veuve Clcquot que esteve no país recentemente?)
Mas fico triste quando recebo uns catálogos e vejo que os preços, mesmo em dolar, sobem sem parar. Da margem das grandes impoortadoreas ninguém fala, né?
Ótimo post, abraço!