quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Minha retrospectiva 2011 (4)

E agora os melhores do ano.

A maioria dos meus melhores do ano não é comercializada no Brasil. Ainda tem muito vinho lá fora que não é comercializada no Brasil. Mas a má notícia é o custo final desses vinhos aqui se eles forem importados. Quando comparo o preço no varejo do mesmo vinho aqui em reais e no exterior em dólar ou euro, o fator de multiplicação é no mínimo 10. Assim, um vinho na Europa de €15 aqui custará R$ 150 por baixo. Mas este é outro assunto....




Em relação aos melhores, vou começar pela jóia do espumante no Brasil: Maria Valduga. E escolho pelo conjunto da obra: o espumante é excelente, a garrafa um luxo e a emoção e carisma do João Valduga de entusiasmar. Também ajudou na escolha o fato que a Casa Valduga é minha vinícola de coração.

Vau Vintage Porto 2000 Sandeman me impressionou. Um porto diferente, muito vivo, cheio de acidez e frescor. A combinação desse frescor com a doçura do porto faz este vinho ser surpreendente e marcante. Um vintage ainda muito jovem, mas que já está ótimo para ser servido, não é um infanticídio!!!







O outro que gostaria de mencionar foi uma grande e agradável surpresa. O vinho veio do Ribatejo (acho que agora é somente Tejo), mais precisamente de Tomar. O Encosta do Sobral Reserva 2007 é um vinho de ótima qualidade feito com as castas Touriga Nacional, Trincadeira e Touriga Franca. Aromas complexos, equilibrado, muito persistente e encorpado. Vencedor de várias medalhas, recebeu 17 pontos de João Paulo Martins e foi considerado a melhor relação custo x benefício 2010 por Rui Falcão.

Por fim, o melhor do ano: San Filippo Le Lucére Brunello de Montalcino 2006!! Um daqueles vinhos inesquecíveis, para tomar de joelhos. Aromas abundantes, aveludado, encorpado e fica presente por muiiiiiito tempo. Um vinho refinado, tudo se encaixou perfeitamente. Recebeu 95 pontos do James Suckling (JS) e 93 da Wine Spectator (WS). E com os anos ficará ainda melhor!!!



O ano não acabou ainda. Quem sabe não surge alguma surpresa. O importante é apreciar o momento criado pelo vinho, com a desculpa de “degustá-lo”.