quinta-feira, 3 de março de 2011

Açúcar no Vinho

No ultimo post, falamos da reunião da nossa confraria e mencionamos os vinhos. Entre eles um espumante extra dry. O termo em si já deixa mais ou menos claro o que o vinho oferece.
Dry é sêco em ingles. Sêco, no mundo dos vinhos, não é o antônimo de molhado. Afinal ficaria muito estranho uma bebida "não molhada"... Sêco é na verdade o contrário de doce. Isto é, sêco significa pouca quantidade de açúcar no vinho.
A quantidade de açúcar no vinho tem várias origens. A primeira é o da própria uva. A fermentação é o processo que transforma o açúcar em alcool, mas a "eficiência" desta fermentação pode deixar volumes de açúcar, chamado de residual, que variam de vinificação para vinificação (processo de fazer o vinho). Também existem métodos de fortificar o vinho (adicionar alcool vínico) antes de terminar a fermentação, como é o caso do vinho do Porto. No caso dos vinhos espumantes de champagne, coloca-se açucar na garrafa para a 2a fermentação para formar as bolhas (o perlage) e após ainda um licor. Existem ainda outros métodos de adoçar o vinho.

No caso dos espumantes, existem 7 níveis de açúcar que são:
Brut Nature_____________________0 a 3 gramas / litro de açúcar
Extra Brut______________________0 a 6
Brut___________________________0 a 12
Extra Dry, Extra Sec, Extra seco____12 a 17
Dry, Sec , Seco__________________17 a 32
Demi-sec, Semi-seco_____________32 a 50
Doux, Sweet, Dulce, Doce__________mais de 50

Para vinhos de qualidade (no Brasil, vinhos finos) e vinhos de mesa, existem os níveis seco, meio seco, meio doce e doce.

Outros tipos de vinho tem diferentes classificação de quantidade de açúcar ou doçúra (sweetness), como também as nomenclaturas variam de país para país. Talvez uma das classificações mais importantes, além dos espumantes, seja a dos vinhos Tokaj da Hungria que levam a pontuação "puttonyos".

É um assunto extenso. Falaremos em outros posts.