sábado, 15 de dezembro de 2012

Degustação de Espumantes com Alexandre Furniel


Sommelier formado pela SBAV-SP apresentará opções singulares da França, Espanha, Itália e Brasil 
Para encerrar as atividades do ano, a VinhoClic está organizando uma degustação com significativas opções de champagnes, cavas e espumantes italianos e brasileiros.
O evento, que acontecerá no próximo dia 20 de dezembro será conduzido pelo sommelier Alexandre Furniel, que discorrerá sobre as características e diferenças dos champanhes, espumantes e cavas. Alexandre Furniel é Mestre em Sociologia, sommelier pela SBAV-SP, com especialização pela ABS-SP, WSET-Londres e pelo Curso Superior em Degustação pelo Ministério da Agricultura da Argentina.
Para completar a noite, serão servidos dois pratos do cardápio do Restaurante Agraz: salada de agrião, peras ao champagne e uvas brancas e gorgonzola e tagliatele com brasato e funghi.
Serviço:
Data: 20 de dezembro, às 20h
Local: Restaurante Agraz - Rua Olimpíadas, 205
Valor: R$ 150,00
Informações e inscrições: (11) 2737-1401 / cursos@vinhoclic.com.br
As inscrições vão até o dia 18/12 e as vagas são limitadas.

Sobre a VinhoClic
A VinhoClic (www.vinhoclic.com.br) nasceu em 2011 para apoiar os apreciadores de vinhos no desafio de selecionar um bom rótulo frente a inúmeras ofertas disponíveis no mercado, que muitas vezes se apresentam com pouca informação e a preços exorbitantes. Com o objetivo facilitar o acesso de apreciadores de vinhos a rótulos que estão fora das prateleiras e dos canais tradicionais, a preços competitivos, a VinhoClic se posiciona como um canal de a disseminação de informações sobre a produção nacional e estrangeira.

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Curso e degustação de vinhos da Borgonha com Jean Claude Cara


Sommelier franco-brasileiro é o convidado da VinhoClic para apresentar estes fascinantes vinhos, famosos em todo o mundo.

São Paulo, 15 de novembro de 2012. A VinhoClic realizará no final do mês de novembro curso de vinhos da Borgonha com o sommelier e consultor franco-brasileiro Jean Claude Cara.
Jean Claude, que reside atualmente em Beaune, capital dos vinhos na Borgonha, é Consultor em vinhos, Chef de Cozinha e sócio-proprietário no Château de Villars Fontaine, além de ser responsável pela relação Brésil-Bourgogne quanto aos assuntos Enoturismo, Importações e Cursos. Também é escritor do Guia de Vinhos da Bourgogne que será lançado no Brasil em 2013. Criador do projeto Éléphant Rouge, vinho de garagem nacional produzido no Vale dos Vinhedos com características inspiradas em métodos Franceses de vinificação.
Durante o curso, que tem a duração de 3 horas e meia e 18 vagas, serão apresentados seis diferentes rótulos para degustação e serão abordados temas como:
História: da elite galo-romana até a atualidade;
Mosaico: O terroir, os climats e os vinhedos;
Uvas: suas características e variedades;
Pirâmide: Princípios e Repartição;
Degustação: Cores, aromas e sabores; 6 grandes vinhos da Borgonha
Ao final, será servido um Boeuf Bourguignon aos participantes.

Serviço:
Local: Enoteca Saint VinSaint, Rua Professor Atílio Innocenti, 811, em São Paulo.
Data e horário: 30 de novembro de 2012, às 19 horas.
Informações e inscrições: até o dia 28/11, pelo telefone (11)2737-1400 ou pelo e-mail cursos@vinhoclic.com.br
Preço: R$ 280,00 por pessoa
Forma de pagamento: depósito bancário até o dia curso.

Sobre a VinhoClic
A VinhoClic (www.vinhoclic.com.br) nasceu em 2011 para apoiar os apreciadores de vinhos no desafio de selecionar um bom rótulo frente a inúmeras ofertas disponíveis no mercado, que muitas vezes se apresentam com pouca informação e a preços exorbitantes. Com o objetivo facilitar o acesso de apreciadores de vinhos a rótulos que estão fora das prateleiras e dos canais tradicionais, a preços competitivos, a VinhoClic se posiciona como um canal de a disseminação de informações sobre a produção nacional e estrangeira.

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Max Brands apresenta nova linha de vinhos Chilenos: Chilcas, da Via Wines


A Importadora Max Brands apresenta sua nova linha Premium de vinhos Chilenos que acaba de chegar: Chilcas, do Vale do Maule. Produzidos pela Via Wines, uma vinícola audaz e inovadora, seus vinhos refletem a tradição vitivinícola do Chile, com um toque de modernidade.

Seus mais de 1.039 hectares de vinhedos estão localizados nos principais vales: Maule, Casablanca, Curicó e Colchágua. A produção é feita com a menor intervenção possível dos enólogos na busca da máxima expressão de cada varietal, refletindo fielmente o precioso terroir. O resultado deste trabalho são vinhos equilibrados, de boa estrutura, complexos, nos quais o tempo em barrica representa um complemento fino e elegante.

Entre as variedades cultivadas está a uva Pais, também chamada Mission, (em espanhol, Misión), assim denominada em homenagem as primeiras missões franciscanas da Califórnia, que trouxeram a uva da Espanha via México. A mesma uva também foi levada para o Chile e Argentina, onde ficou conhecida como “País” e “Criolla” respectivamente. Esta uva de alto rendimento era utilizada como base dos vinhos de mesa. A Chilcas assumiu o desafio de, com uma uva pouco nobre, fazer um vinho de qualidade. O resultado surpreendeu a todos: um vinho volumoso, com taninos persistentes e abundantes.

O enólogo chefe da vinícola Chilcas, Camilo Viani, é formado na Universidade do Chile com mais de 11 anos de experiência nas melhores vinícolas chilenas, como Concha y Toro, Casas del Bosque e Viña Mar, um projeto de boutique da Viña San Pedro.

Autenticidade, sustentabilidade e harmonia são os pilares que guiam a elaboração dos vinhos Chilcas, sem perder de vista a preocupação com o meio ambiente. E as ferramentas utilizadas são moderníssimas, o que permite controlar o ecossistema; tratar a água utilizada e reutilizá-la novamente na natureza; moderar o uso da água no vinhedo na quantidade exata necessária; controlar pestes e doenças de forma orgânica e, finalmente, controlar a qualidade do ar.

Na Vinícola fazem um uso da água racional, controlam o uso eficiente de materiais, se preocupam com a economia de energia e controle de resíduos sólidos. Seus vinhos são engarrafados com garrafas “ecoglass”, de acordo com a filosofia sustentável. Tudo isso como uma forma de agradecer à terra por tudo que ela lhes dá.

A Via Wines atua também na Comunidade onde vive, buscando usar os recursos humanos das regiões que os cercam, dando apoio ao artesanato local encomendando a eles os presentes que dão aos convidados, por exemplo.

Chilcas é o nome que o povo Quechua dá um arbusto que cresce na base do vulcão “Descabezado”. Este arbusto era utilizado para tingir as roupas mais seletas deste povo.

A Chilcas produz três linhas de vinhos (Single Vineyards; Reserva e Selected Vineyards) além de um Late Harvest e dois vinhos ícones: Las Almas – produzido com a uva Carménère, considerada a essência do Chile, tendo no rótulo o desenho do DNA desta cepa; e o Red One, um vinho de corte bordalês - Merlot; Cabernet Franc; Cabernet Sauvignon e Petit Verdot – resultando num vinho muito complexo e elegante.

Localização:
Seus vinhedos estão localizados nos Vales de Casablanca, Colchágua, Curicó e principalmente Maule, onde existe uma maior diversidade geográfica.

A grande diversidade de solos presentes no vale permite o cultivo de muitas variedades. A ampla gama disponível se transforma numa fonte de inovação e experimento para a equipe de enólogos e viticultores, sempre em permanente busca da mais alta qualidade e excelência.
  
Vinhedo San Rafael – Desde 1998 o mais importante vinhedo do Vale do Maule, possui plantações de uvas tintas e brancas. A grande maioria dos vinhos Chilcas é originária deste vinhedo, como o Single Vineyard Cabernet Franc, um vinho sensacional, com taninos suaves e elegantes, e grande persistência.
  
Vinhedo Tapihue – Localizado no Vale de Casablanca, a poucos quilômetros do Oceano Pacífico, seu clima fresco e solo argiloso tem feito desta área uma apelação reconhecida em nível mundial pela qualidade de seus vinhos brancos e Pinot Noir. Como o Reserva Sauvignon Blanc, fresco e mineral, com sabores tropicais e uma acidez agradável.

 Vinhedo Nilahue – O Vale do Colchagua é hoje mundialmente reconhecido pelos vinhos elaborados com Cabernet Sauvignon, Carmenère, Syrah, Sauvignon Blanc e Chardonnay. O Reserva Cabernet Sauvignon, originário desse vinhedo, é um vinho persistente com acidez equilibrada, taninos abundantes e de grande qualidade.

Vinhedo Los Niches – No Vale do Curicó, próximo a Cordilheira dos Andes. Neste vinhedo são plantadas a Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc, Carmenère, Merlot, Syrah, Sauvignon Blanc, Chardonnay e Pinot Noir. Os vinhos se caracterizam por sua expressão especialmente frutada, resultado da grande diferença entre as temperaturas do dia e da noite.

Vinhos Chilcas:

Select Vineyards –  linha de entrada com vinhos que refletem a fruta e os aromas característicos da variedade, expressivos e autênticos. Cabernet Sauvignon, Carménère e Sauvignon Blanc.

Reserva – vinhos de terroir, elaborados com uvas especialmente selecionadas, bem equilibrados, com boa estrutura e potência: Carmenère, Syrah, Sauvignon Blanc e Chardonnay – (10 meses de barril).

Single Vineyard – nesta linha produzem Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc e País (12 a 14 meses de barril)  Pinot Noir (10 a 12 meses de barril)  e Chardonnay  (70% em 12 meses de barril).

Late Harvest – com 93% Sauvignon Blanc e 7% Gewurztraminer, com 11,5% de álcool. Amarelo profundo com reflexos dourados, muito aromático, apresentando notas de papaya, casca de laranja, figos e damasco, além de nuances cítricas e florais.

Vinhos ícones:

Red One – Ótimo corpo, frutado, taninos equilibrados, aromas de frutas confitadas, na boca aparecem elegantes notas de café torrado, baunilha e chocolate, provenientes de seu tempo em barricas (50% Merlot, 35% Cabernet Franc, 10% Cabernet Sauvignon, 3% Malbec e 2% Petit Verdot – com 12 a 14 meses de carvalho francês). Premiação:
Safra 2007 - Guia Descorchados 90 pontos
Safra 2009 - Wine Spectator 90 pontos

Las Almas – A Carménère é a uva pela qual o Chile ficou famoso, a alma do vinho chileno, por isso o nome. Um vinho, de grande corpo, com taninos suaves e maduros, caráter elegante e muita complexidade. (95% Carménère e 5% Cabernet Franc com 10 a 12 meses de barril).
Premiação:
Safra 2009 - Guia Descorchados 90 pontos

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Winebar - Degustação Online

Um evento para os apaixonados por vinho.

Winebar está de volta e cheio de novidades!

Winebar é um serviço criado para os apaixonados pelo vinho, onde serão realizados eventos e degustações ONLINE através das redes sociais. Além da participação dos convidados através de mensagens enviadas pelo Facebook, você poderá também assistir a transmissão ao vivo pela web. Winebar é um jeito fácil de conhecer ótimos vinhos, conversando diretamente com o produtor, só que no conforto de sua casa.

Dia 06/11 (terça), às 20:00hs, direto do Le French Bazar em SP, será feita mais uma transmissão do Winebar. Desta a degustação será com Julien Breuzon, produtor dos Champagnes Vollereaux, importado pela Chez France.

E você pode ganhar um Champagne Vollereaux Brut! 
Basta se cadastrar neste link.

Para assistir o evento, clique neste link.


terça-feira, 9 de outubro de 2012

Degustação dos vinhos da Bodega Sottano na Vino&Sapore



Ficou um pouco sem uma conclusão se o indiano que ofereceu a rosa para o Daniel era um empresário da área botânica ou se era um exercício para identificar os aromas dos Amarones, Ripassos e Valpolicenas que estavam sobre a mesa. Alguns dizem que o objetivo do indiano era outro, mas não ficou muito claro.

Esta introdução é só uma pitada do clima que estava na noite de degustação dos vinhos da Bodega Sottano na Vino&Sapore do nosso amigo João Clemente. A noite teve, além dos vinhos, o final esperado com a pizza Obelix (acho que é esse o nome da pizza) que é feita com lingüiça de Javali.

A noite estava reservada para os vinhos da Bodega Sottano, trazidos pela Maxbrands, mas começamos com um espumante da Batasiolo, o Millesimè 2006. Uma delícia de espumante, muito aromático, boa perlage, bom corpo.

Ai vieram os vinhos da Sottano, começando com a linha Clássico, depois os da linha Reserva, na sequência os da linha Reserva de Família, e por fim o melhor da noite. O João fez um esquema interessante: para cada linha, experimentávamos um da uva Malbec e outro da Cabernet Sauvignon, como que em um combate.

Para mim, novamente a Cabernet Sauvignon superou a Malbec!!! A Argentina está cada vez mais mostrando que sua melhor uva é a Cabernet Sauvignon. Os vinhos desta uva de lá mostram um equilíbrio interessante, tem fruta, tem madeira, tem corpo, mas tem acidez que transforma o vinho!

Porém, a estrela da noite foi um puro Malbec, o Judas 2007. Profundidade, aromas com diversas camadas: fruta, madeira, tostado; e ainda a elegância do seu corpo, acidez e taninos totalmente equilibrados.

A anedota com o indiano lá do começo aconteceu em outro lugar, em outro momento. Dizem que foi verdade, não estava lá para comprovar. Mas o importante é que o vinho transforma o ambiente, e que qualquer anedota deixa o ambiente muito mais alegre. Se alguém não disse ainda, digo eu: “o empolgante no mundo do vinho é o momento que ele proporciona! Momento para estar com amigos, para compartilhar alegrias e relaxar.”  (by vinhoclic).

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Toro Loco: vale a pena experimentar?

Queridos leitores, eu ainda não experimentei o famoso Toro Loco. Não sei se irei, mas gostaria de deixar minha opinião sobre todo o movimento criado ao redor deste rótulo.

O vinho Toro Loco Tempranillo 2011 foi premiado no “International Wine and Spirit Competition” (IWSC), mas o que gerou toda essa onda de notícias é que nesta competição ele, que custa 3,59 libras, ficou à frente de vinhos com renome internacional que custam até 31 libras.

Como sempre faço, fui fazer minhas pesquisas a respeito do vinho.

 O vinho Toro Loco, marca própria da cadeia de supermercados Aldi produzido pelas Bodegas Coviñas , é feito com 100% da uva Tempranillo na denominação de origem Utiel Requena (região de Valencia). Aqui está o link da página da IWSC que outorgou o prêmio para o Toro Loco Tempranillo 2011. Encontrei a informação sobre a premiação em alguns sites de notícias, mas nas páginas da Aldi , e nas das Bodegas Coviñas (opção “Noticias e Novedades”) ainda não é mencionada.

 A Decanter também outorgou ao Toro Loco Tempranillo 2011 o prêmio de “commended” (em uma tradução livre: “menção honrosa”).

 Os vinhos que ele “bateu” na competição mencionados em algumas reportagens foram:

- Costa di Bussia Barolo Riserva DOCG 2005: a vinícola ostenta em seu site alguns prêmios “silver” e “bronze”; na Inglaterra, o custo deste vinho é £26; o vinho da safra 2006 recebeu 95 pts de Huon Hooke;

 - Stag's Leap Wine Cellars Artemis Cabernet Sauvingon 2009: um vinho de £22, recebeu vários prêmios “silver” e “bronze”. A Vinicola tem uma longa lista de vinhos com altas pontuações de Robert Parker, Wine Advocate (RP), Wine Spectator, Wine&Spirits, Wine Enthusiast, mas não menciona o prêmio do 2009 Artemis da IWSC.

Também li comentários de degustação de alguns especialistas, que, na sua maioria, afirmam que o Toro Loco é um vinho bom para o preço.  Ao que parece, a fama deste vinho não teve a mesma repercussão no exterior como teve aqui no Brasil. Tampouco, os vinhos que foram classificados abaixo do Toro Loco são vinhos considerados bons.

Resumindo, foi uma grande jogada de marketing para um vinho apenas razoável. Resta saber se este tipo de “jogada” serve bem ao nosso mercado, ainda imaturo para avaliar vinhos. Não tive como não comparar com o vinho alemão da garrafa azul. 


Outras referêcias:
http://www.dailymail.co.uk/news/article-2149036/It-s-corker-Red-wine-costing-3-59-sold-Aldi-scoops-international-award.html 
http://money.aol.co.uk/2012/05/24/3-59-aldi-wine-thumps-30-competition/
http://www.montrealgazette.com/life/Wine+taste+testing+supermarkets+depanneurs+Eight+whites+reds+tasted+winners/6710268/story.htmlhttp://www.vinopedia.com/wine/Costa+di+Bussia+Barolo
http://www.cask23.com/pressPraisehttp://www.standard.co.uk/news/uk/the-359-supermarket-plonk-that-tastes-as-good-as-vintage-bottles-of-wine-costing-ten-times-the-price-7781877.html
http://www.montrealgazette.com/life/Wine+taste+testing+supermarkets+depanneurs+Eight+whites+reds+tasted+winners/6710268/story.html 
http://www.costadibussia.com/eng/index.php?id=vini/barolo_docg_riserva&m=vini/submenu&download=9#torolocoday

sábado, 31 de março de 2012

Corsican Nature Pinot Noir / Niellucciu 2007

Hoje o almoço foi algo simples e rápido. Foi um filet grelhado que pedimos em hamburgueria aqui perto de casa, acompanhando maionese, ovo frito e batatas fritas. Bem típico das nossas lanchonetes que servem os hamburgeres.


Um prato que, por sua simplicidade, textura da carne suculenta e a gordura da maionese, iria muito bem com vinhos que tenham elegância, corpo médio e uma boa acidez ao mesmo tempo.

Escolhi o Corsigan Nature, do Empório Sório:
Ficha Técnica:
Região: Vin de Pays de L´Île de Beauté - Corsega

Safra: 2007

Graduação alcoólica: 12,5%

Composição: 60% Pinot Noir e 40% Niellucciu

Vinificação: Maceração à frio. Fermentação à temperatura controlada. Maturação em cuba de aço inoxidável por 6 meses.

O vinho apresenta aspecto de cor rubi pouco evoluído, transparente, halo ainda pequeno. Um aroma muito franco e límpido de frutas vermelhas frescas. Na boca, elegância e equilíbrio. Um vinho muito interessante e agradável.

Acompanhou muito bem o filet grelhado e ainda fiquei bebericando por um bom tempo após a refeição. Pronto para beber.

VinhoClic

segunda-feira, 19 de março de 2012

Equívocos no Regime de Salvaguarda do vinho brasileiro

Em termos filosóficos, restrição gera restrição!!! Restringir cria um círculo vicioso: menos vinhos importados, menos opções, menos consumidores, menor mercado, menor incentivo, menos opções, menos consumidores..... No limite, a tendência é diminuir até a extinção.

Está mais do que provado nas teorias econômicas que precisa crescer o bolo para melhor dividi-lo. Expandir cria o circulo virtuoso: mais opções, mais consumidores, maior mercado, maior incentivo, mais opções, mais consumidores. No limite, a tendência é expandir até abranger a toda base de possíveis consumidores.



Portanto, este é o primeiro equívoco na implantação do Regime de Salvaguarda do vinho brasileiro.

Segundo equívoco:

Parte-se do princípio que quando o consumidor brasileiro não encontrar o vinho importado que costumava comprar, este irá substituí-lo por um vinho brasileiro. Em alguma porcentagem isto poderá ocorrer, mas na maioria o brasileiro irá substituir o vinho importado de qualidade por outro de menor qualidade.

Terceiro equívoco:

O Regime de Salvaguarda tem por objetivo proteger a indústria nacional "por um período" para que o fabricante brasileiro consiga igualar em preço e qualidade o produto estrangeiro. Isso nunca ocorrerá, pois:
a) o vinho é totalmente dependente do terroir, não há como igualar em qualidade;
b) o alto custo do vinho brasileiro não é devido a falta de produtividade, e sim pelos altos custos da cadeia toda, incluindo impostos, custo de capital, infraestrutura cara (energia, transporte), entre outros fatores (veja meu post sobre este tema: http://vinhos-por-barnes.blogspot.com.br/2012/02/precos-no-brasil-impostomargem-ou-tem.html)

Quarto equívoco:
Esta medida irá reforçar o contrabando de vinhos importados. É notório que nosso país é corrupto e que as fronteiras não são controladas adequadamente. Assim, muitos vinhos de qualidade irão entrar no país por vias "não-oficiais". Todos etiquetados com o "selo de garantia". Além de aumentar a carga de nossos queridos viajantes ao exterior que irão trazer muitas "encomendas" dos que ficam por aqui.

domingo, 4 de março de 2012

Kerubiel: um anjo de vinho mexicano

Em 2007, estive várias vezes no México a trabalho. Cheguei a passar 3 meses por lá (voltava alguns fins de semana) e pude conhecer muito da cultura mexicana, consequentemente dos seus vinhos. Aliás foi até divertido como fui apresentado aos vinhos mexicanos. Conversando sobre vinhos com um colega de trabalho, o Paco (óbvio, só poderia ser o Paco), ele me fez a pergunta: "Le gusta el vino mexicano?"... o que responder? Não tinha a mínima ideia de que o México produzia vinhos... então disse "Hay vinos mexicanos?". O Paco não ficou muito feliz, fez uma cara.... e para me provar que havia bons vinhos por lá, me pagou o jantar com vinho mexicano em um dos belos restaurantes do bairro Santa Fé!!



Um aparte: não sofri o tal mal de Montezuma como é comum aos iniciantes na comida mexicana, mas não sou um apaixonado por ela. Sempre adicionava ao meu pedido "sin picante". Mas saindo das pimentas e do maiz, há algo interessante na culinária mexicana. Lembro de um bar/restaurante com comidas ligadas às coisas do mar que, entre outros itens, oferecia um caldo de frutos do mar que bebíamos em copo (o suadouro já começava ali), e não em um prato ou cumbuca comendo com colher o que seria normal para um caldo. Também pedia sempre um polvo grelhado, de apresentação muito simples: sem a cabeça com os tentáculos chamuscados pelo calor da brasa da grelha!! Ficava meio sêco, mas eu adoro polvo.... 


Voltando aos vinhos mexicanos, tive então a oportunidade de perguntar ao meu amigo Paco: "Le gusta el vino brasileño?"... de pronto respondeu "Hay vinhos brasileños?"... Como naquela época, eu vivia somente em aeroportos, acabei comprando uma garrafa de Lidio Carrara, sempre presente nas prateleiras da loja do free shopping na saída do Brasil, para presenteá-lo.


Não lembro do vinho que tomamos naquele jantar, nem do nome do restaurante. Lembro que era "una tienda de vinos con mesas para comer", que provavelmente já deve ter mudado para "un restaurante com venta de vinos" pois o local já tinha muitas mesas, todas cheias, fora a espera. As prateleiras dos vinhos formavam todas as paredes do restaurante, inclusive servindo para separar ambientes. Um maná para nós apreciadores de vinho.


De qualquer forma, ficou a marca em mim de que havia vinhos mexicanos sim e alguns bem interessantes. Já tomei alguns mexicanos depois disso, lembro principalmente do Vino de Piedra 2007 - Ensenada, bem apreciado por lá, um excelente vinho.


Gostaria de compartilhar este último que tomei:
Kerubiel Adobe Guadalupe 2007


Adobe Guadalupe Vineyards and Inn: um local realmente para o prazer -> uma vinícola e um haras com um bed&breakfast.... Veja este vídeo de apresentação:



A música é envolvente, uma mistura de cigana e mexicana, que mostra toda a latinidade hispânica desta vinícola. A casa com o passeio central e seu chafariz me transportou para um México romântico e conquistador. E os nomes de seus vinhos não poderia exprimir melhor a cultura católica e a religiosidade fortemente incutida naquele povo.

O local parece harmonioso, as parreiras, os cachos, os trabalhadores, o trato das uvas, com anjos espalhados por todo o canto, anjos que dão nomes aos vinhos. Até as luminárias e adereços dos muros tem asas que nos lembram os seres angelicais. Por fim, não poderia faltar a Virgem de Guadalupe, a padroeira das Américas.

E dentro deste espírito religioso foi criada esta vinícola, a partir da visão da matriarca da família em uma visita a igreja de Notre Dame em Paris. Esta história não poderia ser mais mexicana, não?!

A vinícola tem como filosofia a harmonia com a natureza e a experiência única com seu vinho. Por isso, fazem vinhos multivarietais, no estilo do Vale do Ródano - França. Vejam a influência do novo mundo, principalmente da indústria vinicola da California, nesta declaração: a experiência única tem como um dos principais fatores o vinho de corte, tão comum no velho mundo.

Nem preciso dizer q este vinho, o Kerubiel, é celestial:
Castas: 31% Cinsault, 29% Syrah, 29% Mourverdre, 6% Grenache, 5% Viognier
Alcool: 13.8 %
12 meses en barrica

Coloração Rubi brilhante, mostrando boa vivacidade mesmo depois de 5 anos.
Ao nariz, não muito potente, mas com boa complexidade, aromático, madeira bem integrada, frutas vermelhas, perfume floral, couro e defumado. Conforme o tempo no copo, os aromas iam se abrindo.
Na boca, corpo médio, boa acidez, taninos redondos, um amargor agradável.
É um corte do sul do Vale do Ródano, e as impressões na degustação foram muito próximas das características dos vinhos daquela região.

Uma pena que os vinhos mexicanos são caros, mesmo lá no México. É uma barreira para o desenvolvimento da vitivinicultura mexicana, realmente uma pena pois este vinho é mais um exemplo da boa qualidade da produção vinícola daquele país.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Preços no Brasil: imposto+margem ou tem outros fatores???

Tenho visto alguns comentários, posts e textos sobre os preços no Brasil, que realmente são abusivos, extremamente superiores a praticados em outros países. Esta é uma situação que terá conseqüências graves em um breve futuro.

Porém a análise não é tão simples como colocam em alguns desses comentários. É real que o Brasil tem uma carga tributária imensa e que as margens dos produtos são enormes, mas só isso não explica os preços por aqui.

O grande problema do Brasil é a falta de eficiência.



Tenho certeza que você já ouviu falar do custo Brasil. Este custo é composto, além de impostos, por ineficiências, restrições, péssimas condições de operação empresarial, juros e ainda por uma cultura de rápido retorno.
Tanto impostos abusivos como margens de lucro altas são conseqüências de outros fatores. É um texto de forma geral desta questão no Brasil, mas em alguns pontos vou focar o mercado de vinhos importados. Vamos às principais:

Impostos:
A carga tributária sobre o PIB no Brasil é em torno de 35%. 12 pontos percentuais acima da Argentina (quase 50% maior) e 7 pontos acima dos EUA (25% maior).
Quando falamos de carga tributária, não só de ICMS, IPI e Cofins tratamos. Inclua-se ai IPTU, IPVA, enfim uma série de impostos que não estão ligadas à operação da empresa, mas que compõe sua base de custo.
E outro complicador que não se menciona muito é a complexidade das leis. As empresas precisam manter departamentos inteiros ou contratar empresas especializadas para cumprir integralmente com a legislação fiscal e outras burocracias. Uma empresa de pequeno porte dificilmente tem condições de cumprir com toda essa legislação e ai abre-se uma porta para a corrupção.

Corrupção:
Temos um governo corrupto que precisa de burocracia e leis complicadas para manter essa corrupção. Se o governo já é sócio do nosso negócio com os impostos, a corrupção faz com que os fiscais do governo também fiquem sócios.
Vocês devem imaginar o que é desembaraçar um container no porto. Muitas vezes o produto fica retido por meses no porto esperando uma solução burocrática. E ainda complicam mais, incluindo o tal selo no vinho. O capital empatado e a operação logística com mais operações vai encarecendo o produto ali parado no porto.

Custo do Capital:
A taxa básica da economia está em 10,5% ao ano, levando os juros reais para 4,9% (descontando a inflação). Agora se o empresário brasileiro tivesse acesso a crédito nesse patamar de taxa de juros estaríamos no céu.
O custo do capital está em torno de 30% ao ano. Adicione-se a isso a dificuldade em obter crédito.
Imagine novamente na situação acima para a liberação do container no porto, o impacto do custo do capital no preço da mercadoria.

Custo da folha de pagamento:
Além dos impostos incidentes sobre o produto e sua movimentação, também outro custo torna a operação brasileira entre as mais caras do mundo. Enquanto nos EUA, os encargos sobre a folha de pagamento giram em torno de 6 a 7%, no Brasil chega a ser de 80% (sem contar benefícios extras que as empresas oferecem).
Eu sou do mercado de tecnologia da informação e sei o quão pouco competitivo somos no mercado mundial de desenvolvimento de software devido principalmente ao custo da mão de obra por aqui.

Infra-estrutura:
O Brasil está muito, mas muito atrasado neste quesito. Falo da infra-estrutura de toda ordem: logística, telecomunicações, energia, educação.... entre outras.

Logística: dependemos de um único modal interno: rodoviário, que não é a de menor custo. Também é a de menor segurança, mais suscetível a assaltos. Devido a esta falta de segurança, as empresas são obrigadas a ter sua própria esquema de segurança. Mais custo!
Portos ruins de operação deficiente e estrutura atrasada, estradas de péssima qualidade ou quando não com alto custo de pedágios, o pior combustível do mundo (nossa gasolina ou diesel é umas das mais ineficientes). De novo, vários fatores que geram custo e ineficiência.

Telecomunicações e energia: é das mais caras do mundo. O Brasil precisou dar um salto de qualidade nos anos 90, estávamos muito defasados do mundo. Foram pesados investimentos que estamos pagando a conta ainda.
Conheço várias empresas que deixam de manter operação fabril no Brasil devido a estes custos. Um exemplo é a indústria de papel (por um lado felizmente não instalam outras unidades aqui, pois é um setor muito poluidor) que é intensivo em energia elétrica.

Educação: o brasileiro é um dos melhores profissionais que já vi no mundo, porém somos muito mal formados. Péssimas escolas de base e uma enxurrada de faculdades e universidades sem a menor condição de formação adequada de mão de obra qualificada. A universidade pública, que é de boa qualidade, acaba recebendo os alunos das melhores escolas secundárias, portanto as pagas. Mesmo o 2º grau que poderia formar técnicos, são raros os casos de escolas que formam adequadamente. Portanto acabamos por ter uma mão de obra não tão eficiente, que apesar de todo o esforço, criatividde do profissional brasileiro.

Ineficiência de gastos do governo:
Pode parecer retórica, mas o fato de pagarmos altos impostos e não termos em retorno de serviços eficientes de saúde, educação, moradia, traz mais custo para as empresas. Ela acaba tendo que ocupar esta falha do governo. Os gastos com programas sociais têm que dar o segundo passo: primeiro trouxe o peixe, agora precisa ensinar a pescar. Isto quer dizer, formar melhor mão de obra e gerar condições de aumentar o emprego.
Além da ineficiência de serviços para a população, a falta de investimentos na infra-estrutura causa problemas que podem gerar um apagão neste país, um apagão logístico, de energia, de mão de obra... Muito preocupante.

Uma frágil estabilidade:
Tudo é recente neste país. A estabilização política ainda não tem 30 anos. Muitos dos políticos atuais que gravitam no poder ainda são da geração da ditadura militar. Como a transição não foi uma ruptura, foi negociada, a população teve uma participação parcial no processo, ainda existem resquícios da cultura política de outrora.
A estabilidade econômica é mais recente ainda. Ainda brigamos para evitar a inércia inflacionária. Apesar de o governo atual ter mantido a política econômica que gerou esta estabilidade, vemos alguns setores do próprio governo dar menos importância a uma estabilidade econômica impulsionando gastos de custeio que não trarão incentivo à economia.
Com toda esta incerteza, o empresário coloca no seu custo o risco Brasil!!



Concluindo, a alta carga de impostos é um dos causadores dos enormes preços no Brasil sim é. Mas o governo precisa manter esta carga para conseguir cumprir com o custeio da máquina que, por sua vez, não traz benefícios para a economia, portanto empresas, portanto aos empregados.



Por sua vez, os empresários colocam altas margens para 1) para compensar este custo Brasil e 2) para remunerar o alto risco de ser empreendedor no Brasil, pois ainda vivemos uma estabilidade muito frágil. Um empresário faz um investimento de porte médio para baixo buscando um retorno de capital entre 2 e 3 anos.



Então o que temos que mudar:


1) O governo precisa ser mais eficiente. A arrecadação com os impostos precisa retornar mais para a infra-estrutura para as empresas. Reduzir a burocracia.
2) Criar melhores condições de competição nas áreas de telecomunicações, energia e financeira. As empresas precisam baixar seus preços
3) Merece um item: o spread bancário precisa cair drasticamente. Necessitamos de mais competição no mercado financeiro, os bancos governamentais precisam exercer um papel mais decisivo aqui. O Banco Central precisa reduzir o depósito compulsório para aumentar a oferta de dinheiro e os bancos comerciais precisam ser menos gananciosos!!! Talvez a criação de uma agência reguladora poderia reduzir os ganhos dos bancos.
4) Melhorar a malha logística, desde portos, rodovias, aéreo (reduzir custos!!!) e incrementar muito a ferrovia.
5) O empresário precisa ter confiança no país e na estabilidade político-econômica e fazer investimentos de mais longo prazo. O retorno irá acontecer ao longo de dez, quinze, vinte anos.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Para começar a entender a Borgonha

Recentemente estive em uma palestra sobre vinhos da Borgonha, na qual foram degustados alguns exemplares únicos da região (nenhum deles é importado regularmente para o Brasil) e ao final um jantar com o famoso boeuf bourguignon.



Conhecer um pouco da Borgonha (sim, foi muito pouco já que a palestra foi de 3 horas) nos faz viajar à mais fanática tradição de produção de vinhos. Os borgonheses elevam o conceito de terroir à enésima potência, há uma obsessão por encontrar o melhor local para a melhor uva com a melhor forma de vinificação. Também percebi que lá há um embate da tradição da produção em pequenas escalas e propriedades familiares, com a força econômica da produção com tecnologia (e química...). Utilizam-se, por exemplo, técnicas biodinâmicas, não por adotá-las recentemente, mas na verdade por nunca as terem deixado de usar.

Enfim, foi uma introdução que deixou na boca o gostinho que motiva a entrar mais neste mundo da Borgonha. Espero que o Jean e Sonia façam outros módulos do curso com temas mais detalhados.

Os vinhos apresentados foram todos excelentes e surpreendentes. Desde os Chardonnays, passando pela incrível Pinot Noir e chegando à encorpada e carnuda Gamay ... SURPRESA!!... estranhou???





Esta (abaixo) foi a maior surpresa da noite: tomamos um Gamay de alto potência, com um corpo de fazer inveja. A Gamay, hoje com uma imagem muito desgastada devido aos vinhos de Beaujolais que chegam ao Brasil, foi a principal uva tinta da Borgonha há séculos atrás. O vinho que tomamos foi feita por uma técnica ancestral que mantém a fase de fermentação por mais 1 ou 2 semanas e matura (élevé) em carvalho por 4 anos, assim tirando o máximo da casca e “domando” o vinho nos tóneis. O resultado é um vinho potente, encorpado, complexo, redondo!! Apresento o Gamay de Futur do Chateau de Villars Fontaine.


Por fim, junto com o bouef, nada mais nada menos que um Grand Vin de Bourgogne, um Corton-Renardes Grand Cru da Domaine Marius Delarche.

Além dos participantes do curso, tive a oportunidade de conhecer a Sonia e o Jean que foram maravilhosos na organização e recepção. Proporcionaram um momento único e uma ótima entrada para o mundo da Borgonha.

Também não poderia deixar escapar a oportunidade para comentar um outro vinho que tomamos lá, uma colher de chá do Jean. Foi um vinho de garagem feito por Jean lá no Vale dos Vinhedos: Éléphant Rouge 2008 (acho que é a primeira safra do vinho), um Cabernet Sauvignon excelente, bem estruturado, ótimo corpo, boa complexidade.


Serviço da palestra:
Curso de vinhos da Borgonha
Conduzido por Jean Claude Cara
Realizado por Éléphant Rouge e Madame do Vinho (Sonia Denicol)
Local: La Régalade

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Minha retrospectiva 2011 (4)

E agora os melhores do ano.

A maioria dos meus melhores do ano não é comercializada no Brasil. Ainda tem muito vinho lá fora que não é comercializada no Brasil. Mas a má notícia é o custo final desses vinhos aqui se eles forem importados. Quando comparo o preço no varejo do mesmo vinho aqui em reais e no exterior em dólar ou euro, o fator de multiplicação é no mínimo 10. Assim, um vinho na Europa de €15 aqui custará R$ 150 por baixo. Mas este é outro assunto....




Em relação aos melhores, vou começar pela jóia do espumante no Brasil: Maria Valduga. E escolho pelo conjunto da obra: o espumante é excelente, a garrafa um luxo e a emoção e carisma do João Valduga de entusiasmar. Também ajudou na escolha o fato que a Casa Valduga é minha vinícola de coração.

Vau Vintage Porto 2000 Sandeman me impressionou. Um porto diferente, muito vivo, cheio de acidez e frescor. A combinação desse frescor com a doçura do porto faz este vinho ser surpreendente e marcante. Um vintage ainda muito jovem, mas que já está ótimo para ser servido, não é um infanticídio!!!







O outro que gostaria de mencionar foi uma grande e agradável surpresa. O vinho veio do Ribatejo (acho que agora é somente Tejo), mais precisamente de Tomar. O Encosta do Sobral Reserva 2007 é um vinho de ótima qualidade feito com as castas Touriga Nacional, Trincadeira e Touriga Franca. Aromas complexos, equilibrado, muito persistente e encorpado. Vencedor de várias medalhas, recebeu 17 pontos de João Paulo Martins e foi considerado a melhor relação custo x benefício 2010 por Rui Falcão.

Por fim, o melhor do ano: San Filippo Le Lucére Brunello de Montalcino 2006!! Um daqueles vinhos inesquecíveis, para tomar de joelhos. Aromas abundantes, aveludado, encorpado e fica presente por muiiiiiito tempo. Um vinho refinado, tudo se encaixou perfeitamente. Recebeu 95 pontos do James Suckling (JS) e 93 da Wine Spectator (WS). E com os anos ficará ainda melhor!!!



O ano não acabou ainda. Quem sabe não surge alguma surpresa. O importante é apreciar o momento criado pelo vinho, com a desculpa de “degustá-lo”.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Minha retrospectiva 2011 (3)

Fora as surpresas, tive as confirmações!!! Expectativas plenamente satisfeitas. Puxa vida, é uma lista bem grande...

Entre os argentinos, as melhores “confirmações” foram Occasionale 2006(um vinho bem intrigante) e Linda Flor Malbec 2006.

Entre os chilenos, destaco: Seña 2006 (um dos tops que tomei este ano), Altura 2004 (outro dos tops), Casa Real CS 2002, Terra Noble Reserva 2006 Carmenere, Cousiño-Macul Finis Terrae 2008 e Los Vascos Grande Reserva 2006.

Acho que este foi meu ano de vinhos de Portugal, foram muitos. Destaco: Quinta de Pancas Grande Escolha 2005, Cartuxa Colheita 2005, Quinta da Pacheca Reserva 2007 Douro, Quinta dos Quatro Ventos e Emme Grande Escolha 2003 (que infelizmente não é mais comercializado no Brasil depois que a Lusitana fechou....). Coloco aqui também o espanhol El Vínculo, como destaque da Península Ibérica.

O Uruguai foi uma das agradáveis confirmações com alguns vinhos de ponta: Abraxas 2007, De Lucca Tannat 2008 e Arerunguá Tannat 2002. Só não classifico como surpresas porque tinha altas expectativas sobre esses vinhos.

Comecei a entender melhor a Itália. Aliás o meu melhor vinho deste ano é italiano, mas falo em outro post. Das confirmações, destaco: Barolo Beni de Batasiolo 2006 (ótimo custo x benefício) e Badia a Coltibuono Chianti Classico 2007.

Minha retrospectiva 2011 (2)

Tive algumas surpresas, mas decepcionantes!!! Vinhos que prometiam mas não cumpriram. De novo, expectativas... mas desta vez as que não se realizaram, as que deixaram a desejar.

A maior decepção foi o Casillero del Diablo CS 2009. Casillero del Diablo é um dos vinhos mais vendidos no mundo, muito consumido nos EUA principalmente. Segundo amigos que moram lá, na maioria das festas se serve Casillero del Diablo. Porém, é um vinho razoável, sem muita expressão. Seu marketing cria uma grande expectativa que não se realiza!!!

Outro vinho que causa alguma decepção é o Mouton Cadet 2007. Tomei um Mouton Cadet na França que achei muito bom, mas os que tomei aqui no Brasil não se comparam àquele. De novo, expectativas não realizadas.

Um outro vinho que esperava mais dele foi o Flor de Crasto 2008. A vinícola Quinta do Crasto tem uma história significativa que por si só já basta para colocar seus vinhos em um patamar superior. Apesar do Flor de Crasto ser seu vinho de entrada, as expectativas não foram atendidas.
Mas vou continuar tentando esses vinhos, afinal como eu disse o momento faz o vinho.

Minha retrospectiva 2011 (1)


Como passa rápido!!! Foram quase 365 dias, 52 semanas e uns 100 litros de vinho. E teve cada vinho!!! Difícil escolher o melhor, mesmo porque, como dizem nossos amigos filósofos, tudo é relativo. Claro que existe o melhor absoluto, mas você escolheria sempre este em qualquer ocasião? Acho que não!!! Tem aquele de melhor custo x benefício, aquele para o almoço de domingo, o que você abre no sábado à noite para seus convidados do jantar, ou até o que é ótimo para tomar numa segunda-feira à noite!! Sem falar de momentos como tomando sol, churrasco, o happy hour da quinta e o almoço de trabalho da sexta.


Portanto, o momento faz o vinho (ou será que vinho faz o momento.. sei lá!!). Pude comprovar novamente que o importante no vinho é completar a bebida com o ambiente, onde, com quem e o que você está fazendo faz toda a diferença.

Este ano experimentei alguns vinhos que ficaram na minha memória!! E não são os mais pontuados ou caros, muitas vezes vinhos surpreendem porque superam as nossas expectativas. Descobri este ano algumas regiões que me surpreenderam como Bierzo na Espanha e sua uva autóctona (nativa) a Mencía. Outra descoberta foi de algumas importadoras que estão se posicionando muito bem com produtos diferenciados e preços bem competitivos, são o Empório Sório e a Cave Jado. Com eles pude também conhecer algumas regiões e uvas até então desconhecidas como os vinhos da Córsega com as uvas nativas Vermentinu, Sciaccarellu, Nielluciu e Muscat a Petit Grains.

Apesar de já ter tido a oportunidade de conhecê-los há alguns anos, em 2011 tive a oportunidade de experimentar 3 vinhos do México. Acho que os vinhos mexicanos irão surpreender em breve, pois os que tomei estavam muito bons, sem exceção.

Ainda não acabei.... Volto em outros posts para falar sobre algumas outras surpresas!!

Até o próximo!!!

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Mulheres e Vinho: O Tinto Comanda

Traduzido de: Wine Enthusiast Magazine / Web 2011 / Women and Wine: Red Rules por Melanie Nayer
Traduzido por Bia Barnes

Doutores afirmam que uma taça de vinho por noite faz mais do que fazer florescer o paladar das mulheres.


Existe uma maneira mais prazerosa de cuidar dos seus alimentos, afinar as suas coxas e aumentar a sua libido?Estudos recentes mostram que beber uma taça de vinho tinto por dia é benéfica à mulher. Mas quanto realmente isso ajuda?

"Existem alguns estudos que discutem os efeitos do vinho tinto nas mulheres, mas infelizmente alguns deles convergem", diz o Dr. Jan Berger, MD, fundador da firma de consultoria de saúde Health Intelligence Partners. "As propriedades encontradas no vinho tinto quando ingerido com moderação mostraram que podem reduzir doenças coronárias e diminuir as inflamações de artrite nas mulheres. E dependendo da quantidade de vinho consumida e o tipo de cancêr, a ingestão do vinho tinto pode diminuir a gravidade da doença", ele diz.

Em um estudo recente conduzido pela Universidade de Missouri-Columbia, ficou provado que o vinho tinto contém componentes que ajudam a combater patologias que são conhecidas por causar doenças relacionadas a alimentos. A combinação de etanol, baixo pH, e phitoquimicas -como o revesratrol, que é também conhecido por suas propriedades antioxidantes-, cordas de E.coli, listeria e Salmonella não podem suportar o cocktail quimico.

E para quem faz dieta, é melhor ainda. Consumir uma taça de vinho tinto antes do jantar pode ajudar a reduzir alguns quilos por aumentar a sensação na mulher de estar satisfeita. Dr. Berger avisa entretanto que "isso pode também prejudicar programas alimentares de redução de peso porque o vinho reduz o foco em uma alimentação apropriada". Em outras palavras, depois de um pouco mais do que o devido de vinho, o saco de batatas chips pode parecer irresistível.

Ainda assim as propriedades benéficas do vinho vão além de prevenir doenças e auxiliar na redução do peso - ele pode também aumentar a libido de uma mulher. Em 2009, um estudo da Universidade de Florence comparou mulheres italianas que vivem na Toscana para determinar os efeitos que o vinho tinto tinha em suas vidas sexuais. Doutores na Universidade de Florence recrutaram 800 mulheres entre 18 e 50 anos, nenhuma que tenha delatado problemas sexuais ou que bebia mais do que duas taças de vinho por dia durante o período do estudo. As mulheres foram dividas em três grupos: Aquelas que regularmente consumiam uma ou duas taças de vinho tinto por dia, aquelas que consumiam menos do que uma taça por dia e aquelas que não bebiam. No fim, os resultados sugeriram que a mesa do jantar não é o único lugar para o vinho. Mulheres que consumiam de uma a duas taças de vinho por dia relataram que haviam aumentado seu apetite sexual e sua performance sexual também havia melhorado.

Dr. Berger sugere que uma das razões para isso é que: Consumir uma taça de vinho vai diminuir o nível de stress nas mulheres e aumentar o foco no seu parceiro, e assim criar uma experiência sexual mais íntima. Mas um Cosmopolitan (cocktail) não pode fazer o mesmo? De acordo com Associated Content, os pesquisadores do estudo da Universidade de Florence, acreditam quem existam certos componentes químicos no vinho tinto que o sangue leva para as áreas sexuais, causando uma estimulação sexual.

Mas cuidado apreciadoras: Antes de se deliciar com variadades do tinto na esperança de fortificar seu coração ou de soltar a sua deusa sexual interior, Dr. Berger avisa que a discussão sobre essas pesquisas devem ser levadas com leveza.

" No final, meu conselho é o mesmo que sempre digo para todas as outras questões da vida", diz Dr. Berger." Tudo com moderação".

Vinho, Estilo Chines


Traduzido de: Wine Enthusiast Magazine / Web 2011 / Wine, Chinese Style
Traduzido por Bia Barnes

O Chateau Changyu oferece um vinho com um "quê" oriental em um mercado que evolui rapidamente.


Mao Tse-Tung uma vez disse que o povo chinês deveria beber vinho ao invés de bebidas provenientes do arroz ou cervejas baratas; ele até mesmo encorajou a criação de vinícolas comandadas pelo estado. Hoje, a nação mais populosa do mundo está vivendo um aumento na produção e no consumo mundial de vinho, mas as vinícolas são geralmente limitadas a estruturas de armazéns do passado.

Entre no Chateau Changyu,um castelo de estilo francês, construido no topo de uma montanha e cercado por um cenario florestal que está localizado a uma hora de Pequim. Este castelo é o recente investimento da China para comercializar o vinho dentro do país através de lentes- e alguns dizem ser parecida com a Disneyland- idealistas.

Changyo é a maior vinícola na China, produzindo Cabarnet Sauvignon e Chardonnay. A vinícola é tanto uma promotora do estilo de vida relacionado ao vinho, como sua própria investidora. Direcionada para a classe média chinesa(as mesmas pessoas que estão conduzindo a evolução da cultura do vinho lá), a propriedade oferece tratamento para as sementes de uva, um museu da história do vinho, salas de degustação privadas e um teatro de 180 lugares passando Sideways com legendas em chinês e onde clientes podem simular ser produtores e comprar suas vinhas, cuidar delas durante o ano, colher as uvas e fazer o seu próprio vinho.

O projeto é uma complexa parceria entre Changyu, investidores da América, França, Itália e Portugal, e o governo chinês. Mas porque pender para o lado francês? Segundo Leng Tianji, o gerente geral dos hotéis e restaurantes da vila, é um contexto natural para o mercado chinês. " O povo chinês sabe que a França é o páis da cultura do vinho" , ele diz, um fato confirmado por um hábito dos chineses que falam inglês de chamar as vinícolas de "chateaus".

De qualquer forma, o produtor de vinho de Changyu, Ruan Shili vê um mercado interno prestes a explodir. "Nosso mercado é em sua maior parte interno e em 10 anos nosso mercado ainda será interno", ele diz. "O povo chinês per capita consome (de vinho) 1/2 L por ano. Mas a média mundial é de 3 a 4 litros por ano. Então há um espaço enorme crescendo dentro da China." Esse espaço crescente pode mudar a historia mundial do vinho.

domingo, 1 de maio de 2011

A joia do espumante brasileiro

A Casa Valduga lançou na Expovinis 2011 o espumante Maria Valduga. Maria Valduga foi a matriarca da familia que veio da Itália e que idealizou a produção de espumantes no método champenoise no Brasil.


A garrafa é de extremo bom gosto, negra com detalhes em ouro 18 quilates e um cristal Swarovski. No lançamento pudemos apreciar a garrafa número 000.
O método champenoise, conhecido como Clássico, é o mesmo utilizado na confecção dos famosos espumantes de Champagne, descoberto e aperfeiçoado pelo monge Dom Perignon, e consiste na segunda fermentação na própria garrafa. Essa segunda fermentação é a que forma as borbulhas (perlage).

O espumante Maria Valduga também utiliza as mesmas uvas do Champagne: a Chardonnay e a Pinot Noir e permaneceu 48 meses na garrafa antes do lançamento para o mercado.

Tive o privilégio de experimentar este espumante na feira junto com o pessoal da Valduga e principalmente do carismático João Valduga. E o espumante confirmou toda a nossa expectativa criada com a beleza da garrafa e de todo o processo de fabricação. Um espumante muito cremoso, com perlage consistente e boa complexidade.

Leia a ficha técnica e outras informações clicando no título deste post.

domingo, 24 de abril de 2011

Vinhos de Supermercado (3) - Flor de Crasto 2008 Douro DOC Portugal

Este fim de semana experimentei o Flor de Crasto 2008, um Douro-DOC, da vinícola Quinta de Crasto - Portugal.


Há somente pouco mais de 20 anos, a região do Douro em Portugal passou a mostrar ao mundo que produz vinhos além dos tradicionais e famosos Vinhos do Porto. Hoje, vinhos de mesa (na legislação brasileira, a denominação é vinho fino) do Douro, feitos com as mesmas uvas do Porto – Touriga Franca, Touriga Nacional e Tinta Roriz entre outras, são reconhecidos mundialmente e a Quinta do Crasto é uma das principais vinícolas que representam esta nova era da região.

Nota do Importador: “Situada à margem direita do Rio Douro, entre a Régua e o Pinhão, a Quinta do Crasto é uma propriedade com cerca de 130 hectares, dos quais, 70 são ocupados por vinhas. Com localização privilegiada e importantes investimentos realizados nos últimos anos, esta tradicional vinícola conta com modernas instalações que produzem vinhos de altíssima qualidade. A paixão que é colocada na elaboração dos vinhos faz com que a Quinta do Crasto tenha produtos reconhecidos internacionalmente.”
Fiquem atentos a esta vinícola. O plano, extremamente desafiador, é de chegar a ser considerado “o Petrús, o Mouton-Rothschild, la crème de la crème do Douro”, por Miguel Roquete.

Sobre o Flor de Crasto 2008, é um vinho de entrada do portfólio (o vinho mais simples da vinícola) e é feito somente para o mercado internacional. O preço está entre R$30 e R$40 (comprei no Carrefour, mas tem no Pão de Açucar também), e é um bom custo x benefício. O vinho apresenta cor rubi e reflexos violetas com pouca transparência, é bem frutado e tem corpo médio, bom equilíbrio (taninos, álcool e acidez não sobressaem) e fresco.

Seguem notas do enólogo:
Castas
Tinta Roriz, Touriga Franca e Touriga Nacional
Idade das vinhas
8 a 10 anos
Sistematização
Vinha tradicional em Socalcos
Solo / Exposição
Xisto / Nascente-Sul
Denominação de Origem
Douro
Ano
2008
Alcool, vol %
13%
Vinificação
As uvas vindimadas e transportadas em caixas de 25 kg são sujeitas a uma rigorosa triagem à entrada da adega, antes de serem desengaçadas e esmagadas e transferidas para cubas de fermentação em aço inox onde fermentaram com temperatura controlada durante um período de 10 dias.
Envelhecimento
Em cubas de aço inox.
Engarrafamento
Em Agosto de 2009 • 157.333 garrafas (0,75 Litros)
Enólogos
Dominic Morris e Manuel Lobo
Dados Analíticos
Ac. Total: 4,95 gr/L • pH: 3,67 • Ac. Res.: 1,8 gr/L
Prova
Cor: Violeta brilhante.
Nariz: Excelente projecção aromática com notas de fruta silvestre fresca, bem integrada com suaves notas florais.
Boca: Inicio fresco e muito elegante. Volume médio, bem envolvido por taninos redondos de grande suavidade. Boas notas de fruta silvestre fresca integrada numa estrutura compacta, que conferem uma correcta persistência.

domingo, 17 de abril de 2011

Confraria Pane, Vinum et Caseus 16/Abril/2011


O casal Luiz e Ana nos recebeu em seu apartamento no Morumbi para mais uma reunião da Confraria Pane, Vinum et Caseus. O Luiz tem uma adega excelente e nos ofereceu um Barolo Aurelio Settimo 2003 e um Saint Emilion Cordier 1997 já de início.
A noite foi regada por entradas e prato ótimos com vinhos melhores ainda.

Como entrada tivemos alguns tipos de queijo, pão (já tradicional) do Grandisoli com alguns patês. Começamos com o Tokaji Furmint 2008 da St. Stephan´s Crown. Um tokaji sêco (pelo menos mais sêco que os conhecidos Aszú) muito floral e frutas frescas que sobressaia a pêra. Combinou muito bem com queijos, mas principalmente com o brie. Com o gorgonzola fez um ótimo conflito que ambos se sairam muito bem.
O prato principal, também a cargo do Grandisoli, foi um risotto com calabreza. Acompanhamos com o italiano Secco-Bertani Valpolicella Valpantena 2002. Feito com a técnica Ripasso, as uvas Corvina Corvina e Rondinella são refermentadas nas cascas de Recioto e recentemente Amarone. Esta técnica dá um balanço de frutas frescas com notas de especiarias, e concentração e estrutura. Trocando em muídos, o Valpolicella é um vinho mais simples porém com a ajuda do Amarone o vinho fica mais complexo (aromas como especiarias) e na boca fica com mais corpo. A harmonização também foi muito boa, pois o risotto é um prato com textura de gordura e a calabreza dá o toque apimentado.
A sobremesa tivemos Creme de Papaya com licor de cassis feito pelo Paulo, e chocolates portugueses que o Pedro trouxe.
Ainda tivemos outros vinhos com destaque para Quinta de Pancas Seleção do Enólogo 2006, Nero D´Avila Terre di Ginestra, Las Doces, Casa Silva Carmenere. Depois da meia noite, tomamos um Caballero de la Cepa Reserva Malbec para comemorar o Dia Mundial do Malbec.
Por fim, o Médoc 1997 Cordier para fechar com chave de ouro a noite.